Estamos sempre felizes em aprender sobre inovações na impressão, tanto do passado quanto do presente. Acontece que estamos a celebrar o 150.º aniversário do... postal.

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Criados para serem uma resposta eficiente e económica à escrita de cartas, agora sabemos que os postais podem valer, bem, mil palavras. Tal como os livros impressos não estão a desaparecer, o amor das pessoas por receber correio físico também não está a desaparecer. Por isso, sabe bem parar um momento para elogiar o humilde e brilhante postal.

Os postais ilustrados tiveram um papel importante nos nossos anos de adolescência. Os nossos pais tinham o hábito de comprar o melhor postal - em termos de imagem - para registar os lugares que visitávamos, tanto no estrangeiro como em Portugal. O nosso pai adorava fotografia e tirava as suas próprias fotos, mas sempre gostou de procurar outro ponto de vista fotográfico também. Sempre que os amigos faziam uma viagem ao estrangeiro, pedíamos-lhes que nos enviassem um postal do lugar para onde viajavam. Os nossos pais trabalhavam no setor da hotelaria e, por isso, tinham muitos amigos estrangeiros. Assim, colecionávamos postais até encher uma mala. Costumávamos viajar pelo mundo ao folhear os nossos postais. De vez em quando, à noite (as opções na televisão não eram as mesmas de hoje), pegávamos nesta mala como se estivéssemos a fazer uma viagem.

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"Costumávamos viajar pelo mundo ao folhear os nossos postais."

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A História dos Postais

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Traçar as origens do postal ilustrado é difícil porque os postais não foram simplesmente inventados - em vez disso, evoluíram. A sua história está inevitavelmente ligada ao desenvolvimento do serviço postal, mas também apresenta inovações na impressão e na fotografia, propostas audaciosas... e até mesmo uma torre de 300 metros!

Tentámos cronificar a história dos postais através de uma linha do tempo de eventos relevantes, voltando alguns séculos para fornecer o contexto que culminou na emissão oficial e no reconhecimento dos postais por um operador postal em 1 de outubro de 1869.

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Séculos XVII a XIX‍

Após a popularização das prensas de impressão, os cartões de visita, os cabeçalhos de faturas, o papel de carta e outros tipos de papel efémero começaram a ter ilustrações, frequentemente com gravuras delicadas e designs requintados.

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Já em 1777, o gravador francês Demaison publicou em Paris uma folha de cartões com cumprimentos, destinados a serem cortados e enviados pelo correio local, mas as pessoas estavam preocupadas com os criados a lerem as suas mensagens... por isso, a ideia não foi muito bem recebida.

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1840

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Uma reforma postal no Reino Unido unificou o custo da entrega de correio doméstico para um centavo por envelope, a ser pré-pago pelo remetente. As propostas deSir Rowland Hill incluíam também que o pré-pagamento seria feito através de folhas impressas de selos adesivos. O  Penny Black, o primeiro selo adesivo postal do mundo, estreou em maio de 1840.

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Simultaneamente, folhas de carta pré-pagas decoradas (semelhantes aos aerogramas de hoje) também foram colocadas à venda pelo correio. Estas foram desenhadas por William Mulready e mostravam a Britannia com um leão aos seus pés, enviando mensageiros de correio para todas as partes do mundo. Embora este design em particular tenha sido impopular e muitas vezes ridicularizado, este foi o primeiro item de papelaria postal emitido pelo correio que tinha decorações no exterior. Foram substituídos no ano seguinte por envelopes rosa simples, com um selo impresso de um centavo no canto.

Já nesse ano, Theodore Hook Esq., um escritor britânico, enviou a si mesmo uma caricatura dos trabalhadores dos correios mostrados a escrever correspondência para vender mais selos. Provavelmente enviado como uma piada (e entregue contra os regulamentos do correio da época), este poderia ser provavelmente o registro mais antigo de um postal sendo enviado pelo correio.

Alguns anos depois, em 1843, Sir Henry Cole produziu o primeiro cartão de felicitações de Natal, um desenho de si próprio e de sua família. Este foi o ano em que "A Christmas Carol" de Charles Dickens foi publicado.

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1861

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No final de Fevereiro, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um ato que permitia o envio pelo correio de cartões impressos por particulares, pesando uma onça ou menos. Mais tarde, naquele ano, John P. Charlton, de Filadélfia, patenteou um cartão postal e vendeu os direitos a Hymen Lipman (fundador da primeira empresa de envelopes nos EUA e inventor do lápis de chumbo e da borracha). No entanto, com o início da Guerra Civil um mês depois, esses cartões Lipman, como ficaram conhecidos, foram esquecidos e não foram utilizados até quase uma década depois.

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1865

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Na conferência postal de Karlsruhe, Heinrich von Stephan propôs a criação do "offenes Postblatt" (ou folhas abertas de correio)

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“O objetivo era simplificar a etiqueta do formato de carta, mas também reduzir o trabalho, o papel e os custos envolvidos no envio de uma mensagem curta..”

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Ele sugeriu a introdução de um cartão rígido, aproximadamente do tamanho de um envelope, que poderia ser escrito e enviado pelo correio sem a necessidade de um envelope, tendo o porte pré-impresso.

A ideia não foi tão bem recebida na Alemanha: os correios temiam a complexidade e o custo de implementar o esquema em todos os diferentes estados, cada um emitindo seus próprios selos.

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As suas recomendações impressionaram os correios austríacos, que as colocaram em prática em 1º de outubro de 1869, resultando na Correspondenz-Karte, um retângulo de cor castanha clara com 8,5x12 cm, com espaço para o endereço na frente e espaço para uma mensagem curta no verso. O cartão postal apresentava um selo impresso de dois kreuzer no canto superior direito, custando metade do preço de uma carta normal.

O cartão postal nasceu!

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Este excerto da história do cartão postal nos leva à sua verdadeira origem. Se deseja saber mais detalhes sobre este assunto, pode ler o restante deste artigo aqui.

No entanto, há mais um capítulo a adicionar à história para partilhar convosco.

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1 de Outubro de 2019

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Produzimos e enviámos uma réplica de um postal a alguns dos nossos amigos e parceiros. Impresso em homenagem à Correspondenz-Karte original, ficamos felizes em partilhar algo que as pessoas possam guardar nas suas próprias malas de postais, tal como a minha família fez, ou nos seus frigoríficos ou onde quer que apreciem guardar coisas bonitas.

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"A Finepaper celebrou o 150º aniversário do postal e o nosso amor por tudo o que está relacionado com impressão."

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Se desejar um destes postais réplica, entre em contacto connosco na Finepaper.

*Referências bibliográficas.

• Willoughby, Martin, A History of Postcards (1992), Bracken Books, ISBN 1858911621
• Staff, Frank, The Picture Postcard & Its Origins (1979), Lutterworth Press, ISBN 0718806336
• Hill, C. W., Picture Postcards (1991), Shire Publications Ltd, ISBN 0747803986
• Atkins, Guy, Come Home at Once (2014), Bantam Press, ISBN 9780593074145
• Gruß aus Berlin (1987), Kohler & Amelang, ISBN 3733800087
• Daltozo, José Carlos, Cartão-Postal, Arte e Magia (2006)
• MetroPostcard History of Postcards
• Kosmopolit – Gut Fern Gruss

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