Pantone Classic Blue: O teste à cor do ano que previa Confiança, Tranquilidade e Estabilidade.
O problema é que, em janeiro, com os primeiros trabalhos do ano a chegarem a bom ritmo, onde é que havia tempo para isso? Foi preciso vir o Covid-19 para conseguirmos testar a cor 2020. Os resultados, finalmente, estão aqui, assim como a nossa opinião sobre se a escolha da Pantone se revelou acertada este ano ou não.
A escolha do tranquilo Pantone Classic Blue 19-4052 para representar 2020 podia agora parecer muito desadequada, mas nós resolvemos antes encará-la como premonitória. Se não o fizermos, à luz dos recentes acontecimentos mundiais, esta escolha parece quase uma anedota! Este tom de azul, que reconhecidamente transmite uma sensação de calma, confiança e estabilidade, parece ser mesmo ideal para contrapor a este início de ano tão atribulado. Atrevemo-nos a dizer, que precisamos de vê-la muito mais daqui para a frente!
Mas comecemos do início: o Classic Blue é uma cor sólida e confiável, que nos dá bases firmes e com a qual podemos sempre contar, pelo menos foi o que disse a Pantone no final de 2019, quando anunciou ter detetado esta tendência para 2020:
“Vivemos uma época na qual é preciso ter fé e confiança. Essa certeza e constância é expressa pelo PANTONE 19-4052 Classic Blue, uma cor sólida e confiável com a qual podemos contar. Permeada por uma profunda reverberação, PANTONE 19-4052 Classic Blue é um porto seguro onde ancorar. Um azul sem limite como o vasto e infinito céu noturno, PANTONE 198-4052 Classic Blue incentiva-nos a olhar além do óbvio e assim expandir o nosso pensamento; desafiando-nos a refletir com mais profundidade, aumenta a nossa perspectiva e abre o canal da comunicação.”
Leatrice Eiseman | Diretora Executiva da Pantone Institute
Sendo uma cor politicamente correta, uma grande favorita do design institucional, é de esperar que o Classic Blue seja aplicado no decorrer deste ano às indústrias da moda, beleza, decoração, design gráfico e de embalagem. Na Finepaper, percebemos facilmente como Classic Blue parece confiável e consistente. É uma cor familiar, que nos faz pensar na profundidade dos céus noturnos, algo que experimentamos pessoalmente e que podemos ter a certeza de ver todos os dias. Estabilidade de que todos precisamos.
No turbilhão de mudanças que 2020 nos trouxe, este pantone é quase como a calma na tempestade. No fundo, uma tendência que traz inspiração e esperança para o futuro: a sombra de 2020, que afinal começou por ser negra, acabará certamente Classic Blue 19-4052. Não duvidem, a Pantone nunca se engana!
Foi em 2000 que o Pantone Color Institute passou a definir a “Cor do Ano”, começando com o Cerulean Pantone 15-4020. Do Cerulean ao Classic Blue, a Pantone tem vindo a prever tendências de cor globais e a influenciar o desenvolvimento de produtos.
Vamos lembrar as últimas dez cores do ano ditadas pela Pantone:
(Turquoise – Pantone 15-5519; Honeysuckle – Pantone 18-2120; Tangerine Tango – Pantone 17-1463; Emerald – Pantone 17-5641; Radiant Orchid – Pantone 18-3224; Marsala – Pantone 18-1438; Rose Quartz – Pantone 13-1520; Serenity – Pantone 15-3913; Greenery – Pantone 15-0343; Ultra Violet – Pantone 18-3838; Living Coral – Pantone 16-1546; Classic Blue – Pantone 19-4052)
OK, então e agora?
Testes de impressão simples do Classic Blue 19-4052
A calibração da cor e a sua impressão constituem sempre um desafio e uma preocupação constantes, especialmente se tivermos em consideração todas as tecnologias disponíveis hoje em dia (offset, serigrafia, impressão digital, UV, eco-solvent, laser, etc.) e a grande quantidade de materiais onde imprimir (papel, têxteis, vinil, PVC, cartão, etc…). Conseguir a cor correcta, uma vez selecionada, por vezes pode ser bem ser difícil.
A Finepaper orgulha-se de fornecer sempre impressões de grande qualidade aos seus clientes e isso inclui, claro, uma rigorosa afinação da cor.
Se pensarmos, por exemplo, numa campanha completa de marketing, onde vamos ter de imprimir flyers, brochuras, cartazes, outdoors e todo o tipo de peças e materiais que possamos imaginar, conseguir manter a consistência da cor através dos diversos materiais e meios é, ou deveria ser, a principal preocupação do designer e da sua gráfica de eleição.
Porque, na Finepaper, nunca recusamos um desafio, decidi efetuar uns simples testes para saber o que esperar quando se trabalha com o Pantone Classic Blue. Estes testes destinam-se a ajudar designers e profissionais de impressão que se vejam a braços com a tarefa de imprimir a cor de 2020.
Aqui estão eles:
Trabalhamos sobretudo com impressão digital (pequeno e grande formato). Podemos assumir que o 19-4052 em offset é uma cor direta e assim, tirando algumas variações que serão de esperar devido ao uso de diferentes papéis, a impressão do Classic Blue não trará grande surpresas.
Os testes que se seguem foram efetuados em máquinas digitais: uma Konica Minolta AccurioPress 3080, uma Mimaki UCVJ-300-160 UV e uma Roland XJ-640 Eco-solvent.
Como materiais de impressão usamos um papel couché satin de 200 gramas, um IOR de 200gr e um vinil mate, para verificar como estas diferenças afetam a reprodução da cor. Como referência visual e termo de comparação usamos a amostra do Pantone 19-4052 e seis amostras que definimos no Adobe Illustrator. Escolhemos usar o Pantone 647, variações de valores CMYK e RGB, como demonstrado na imagem abaixo. Porque é que escolhemos este método perguntam vocês e nós respondemos.
Estes são os valores recomendados pela página oficial da Pantone e pela Encycolorpedia, um site que consider muito útil para tudo o que diz respeito à cor.Nestes dois sites, podemos descobrir muita coisa, como por exemplo o que quer dizer TCX e outras informações interessantes e úteis.
Todas as máquinas estão calibradas e em perfeitas condições de trabalho. As definições de cor (perfis ICC e presets de impressão) usados para estes testes são os genéricos/default com que trabalhamos habitualmente.
Claro que isto é apenas um teste simples e muitos, muitos outros critérios poderiam ser tomados em consideração quando se fala de impressão. Não se trata de maneira nenhuma de uma experiência científica nem as suas conclusões são leis. Em vez disso, deve ser encarada como uma ferramenta útil para todos os que se depararem com as mesmas questões que nós.
2. Resultados
Como podemos ver, observando as imagens abaixo, há variações óbvias quando imprimimos em diferentes modos de impressão e percentagem de tinta. Estas variações são expectáveis e podiam já ser vista na amostra que apresentei acima.
É também claro, quando comparando com a amostra do Pantone 19-4052, que nos testes efetuados na Mimaki e na Konica, a primeira amostra utilizando o Pantone 647 é a mais próxima do Classic Blue. Por outro lado, quando imprimimos com a Roland, a mais aproximada é a amostra solid coated. Podemos ainda observar que as impressões na Mimaki e na Konica estão mais próximas uma da outra do que da impressão na Roland. Isto deve-se à tecnologia de base de cada uma delas (Mimaki UV, Konica Dry toner laser e Roland Eco-solvent), às tintas/toners e pigmentos usados.
“Em relação aos diferentes materiais usados, mais uma vez se observam variações de cor previsíveis. Apesar disso, é surpreendente ver que a diferença não é assim tão grande. O Classic Blue é mesmo uma cor com que se pode contar.”